segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Oca cheia de água

Um dos lugares mais bacanas de São Paulo para abrigar exposições, a Oca, no Parque do Ibirapuera, já é uma atração pela sua arquitetura. Desde o ano passado o local abriga a exposição Água na Oca, uma viagem interativa, que mescla ciência, arte e tecnologia sobre essa substância fascinante que cobre 70% do nosso planeta.

Fui conferir de perto a exposição e indico o passeio para todo mundo. Dividida em quatro partes distintas, Água na Oca é divertida e ao mesmo tempo didática sem ser chata. O grande lance está na interatividade com a maioria das obras.

Logo que você chega, no piso térreo está a seção denominada Mundo d’Água, que explora a relação entre a água e a vida, sua distribuição no globo, assim como problemas e potenciais. Um dos destaques dessa área é o imenso áquario dividido com espécies de peixes, crustáceos e plantas aquáticas de várias partes do mundo. Um jogo, em fomato de balança, que mostra o que tem mais água na composição, agita os menores. Já para os maiores, um outro jogo multiplayer que desafia os participantes a diferenciar os peixes criados em aquicultura dos que são capturados na natureza, é diversão garantida.

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Jogo cujo objetivo é diferenciar os peixes criados em aquicultura dos que são capturados na natureza

Subindo um andar, temos a seção chamada de Infiltração, onde podemos experimentar a nossa vulnerabilidade dianta da água e o drama das enchentes. Aqui, os visitantes são conduzidos por uma instalação que simula uma casa durante uma tempestade e a ameaça da enchente. Nessa área também podemos conferir como pequenas mudanças de hábito podem economizar água.

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Entrada da instalação que simula uma casa durante uma tempestade

No segundo andar está localizada A Última Fronteira, um dos espaços mais bacanas da exposição. Nele, os visitantes deitam em colchões d’água e assitem a um vídeo projetado no teto da Oca, que mostra desde a superfície da água até o fundo dos oceanos e suas espécies. É uma viagem pra lá de legal e deitar no colchão d’água é tão bom que não dá vontade de levantar mais.

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O fundo dos oceanos é mostrado em vídeo projetado no teto da Oca

Descendo todos os andares até o subsolo, você encontra O Desaguar, uma área destinada às obras de arte que envolvem água, seja como elemento de inspiração ou como material escultórico. O destaque é para a obra Água, do trio de artistas Rejane Cantoni, Raquel Kogan e Leonardo Crescenti, em que um imenso tapete almofadado simula, com ajuda de refletores, um lago. O diferencial é que os vistantes podem caminhar na obra tendo uma sensação de andar sobre a água. É só tirar os sapatos e dar um mergulho.

Outra obra bacana é a da artista Sonia Guggisberg. Batizada de Buracos, é um deque de madeira com vários buracos com projeção de água. Impossível não ter uma ilusão de ótica e achar que dentro dos buracos há água de verdade. O mais legal é que de vez em quando aparecem pessoas nadando. Divertida!

As cinco esculturas do artista londrino William Pye, chamadas Water Sculptures também valem serem olhadas com atenção.

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Visão da obra Água

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Ilusão de ótica na obra Buracos

Uma dica para quem ficou com vontade de visitar a exposição é ir com tempo para poder ver tudo com calma. O passeio também é uma ótima opção para divertir os pequenos (estudantes pagam meia e menores de sete anos tem entrada gratuita). Não esqueça a máquina fotográfica, pois é permitido fotografar sem flash. E o melhor de tudo é que todo último domingo do mês a entrada é GRÁTIS. Então é só se programar, pois dia 27 de fevereiro, último domingo do mês ta chegando.

Serviço: Água na Oca. Pavilhão Lucas Nogueira Garcez – Oca. Av. Pedro Álvares Cabral s/nº, portão 3 – Parque do Ibirapuera. Informações 03007890002. Horários: Terças, quartas e sextas-feiras das 9 às 18 horas; quintas-feiras das 9 às 21 horas e sábados, domingos e feriados das 10 às 20 horas. Até 8 de maio. Classificação livre. Ingressos: R$ 20,00. www.aguanaoca.com.br

Fotos: Filipe Redondo/ Divulgação

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