quarta-feira, 23 de março de 2011

Os bastidores de uma ópera

Desde o começo de 2011 tive a oportunidade de fazer assessoria de imprensa para uma ópera. La Bohème, obra clássica de Puccini, chegaria aos palcos em março, na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O convite veio por meio do diretor cênico da ópera, Caetano Vilela com quem já trabalho desde 2009. Entre entrevistas, envio de releases, fotos, convites para jornalistas irem até Ribeirão e pautas, o dia da estreia, 16 de março, chegou e lá fui eu em direção ao interior do Estado.

As apresentações aconteceram no Teatro Pedro II, um dos teatros de ópera mais importantes do país, e contaram com regência do maestro Cláudo Cruz, que regeu Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e produção das competentes Maria Helena Spiritus e Mariangela Quartim. O tenor Fernando Portari – atualmente cumprindo agenda no mais tradicional teatro de Ópera do mundo, o La Scala, de Milão – e a soprano Rosana Lamosa interpretaram os papéis principais. Completavam o elenco os barítonos Sandro Christopher, Leonardo Neiva e Wladimyr Carvalho, a soprano Yuka de Almeida Prado e os baixos Sávio Sperândio e Claudinei de Oliveira.

Como não podia deixar de ser, a imprensa cobriu em peso a estreia com matérias em jornais, revistas nacionais e locais, rádios e emissoras de TV. Para coroar, um dia antes da estreia, o diretor Caetano Vilela faturou o Prêmio Shell de melhor iluminação pelo espetáculo Dueto para Um. Com certeza foi um bom sinal.

Maestro, Caetano e elenco - Foto Ibraim Leão

Fernando Portari (em pé), Rosana Lamosa, Caetano Vilela, Cláudio Cruz e Yuka de Almeida Prado na plateia do Teatro Pedro II

Duas emissoras de TV chegaram antes ao teatro para fazerem matérias sobre os bastidores. Uma verdadeira loucura, pois, além dos cantores e orquestra, havia ainda um coro adulto de 50 vozes e um coro infantil de 20 vozes. As TVs queriam pegar exatamente esse burburinho nos camarins: Maquiagem, aquecimento de voz, figurinos e os últimos detalhes do cenário.

Confesso que fiquei impressionado com o entra e sai e com o profissionalismo de todos os envolvidos. Às 21 horas em ponto o sinal começa a tocar e depois de 15 minutos começa o grande espetáculo.

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As produtoras Maria Helena Spiritus e Mariangela Quartim são entrevistadas

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O diretor Caetano Vilela em entrevista para a TV Globo

Um dos ponto altos da montagem foi o III ato, que resume todo o simbolismo de La Bohème. Além do show de Rosana Lamosa e Fernando Portari, o cenário nesse ato é grandioso, com 80 cadeiras espalhadas pelo palco criando caminhos e uma árvore de Pinheiro natural (pintada de vermelho) de aproximadamente 6 metros, que flutua no espaço ‘sombreando’ a tragédia que esta por vir.

La Bohème - Rosana Lamosa e Fernando Portari

Rosana Lamosa e Fernando Portari em cena no III ato de La Bohème

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Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto

Depois de mais de duas horas de apresentação, o espetáculo chega ao fim sendo aplaudido por mais de 10 minutos. Vale lembrar que as três récitas tiveram ingressos esgotados.

Após a apresentação toda a equipe se reuniu na famosa choperia Pinguim, que fica ao lado do teatro. Além da comemoração pelo sucesso, havia dois outros motivos especiais, o aniversário do maestro Cláudio Cruz e do tenor Fernando Portari. La Bohéme começou e terminou em grande estilo.

 

Aplauso final da ópera La Bohème

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