quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O que estamos fazendo de bom

Depois de muito tempo sem escrever por aqui, esse post vai atualizar, vocês leitores, quais os espetáculos que a Nossa Senhora da Pauta está divulgando. Vamos lá:

Espetáculos em cartaz

Breviário – Gota D’Água

Até 29 de novembro no Teatro Coletivo. Terça-feira às 20 horas. Com Georgette Fadel e elenco.

Os Amigos dos Amigos

Até 29 de outubro no SESC Pinheiros. Sexta-feira e sábado às 20 horas.

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Portar(ia) Silêncio

Até 27 de novembro no Centro Cultural São Paulo. Sábado às 21 horas e domingo às 20 horas.

Café com Queijo

Até 29 de novembro no SESC Pompeia. Terça-feira às 15h30 e 20h30. Com o Grupo Lume.

Rútilo Nada

Até 23 de outubro no Viga Espaço Cênico. Sexta-feira e sábado às 21 horas e domingo 19 horas. De 27 a 30 de outubro na Galeria Olido. Quinta-feira a sábado às 20 horas e domingo às 19 horas.

Mantenha Fora do Alcance de Crianças

Até 27 de outubro no Teatro João Caetano. Quarta e quinta-feira às 21 horas.

Deolindo e Genoveva

Até 30 de outubro no Teatro Ruth Escobar. Sexta-feira e sábado às 21 horas e domingo às 20 horas.

Deolindo e Genoveva --- Foto Edu de Paula

SESC Pompeia

Divulgamos toda a programação cultural e esportiva da unidade localizada na zona oeste de São Paulo.

Próximas estreias:

Agora e na Hora de Nossa Hora

Estreia dia 21 de outubro no SESC Pompeia. Sexta-feira e sábado às 21 horas e domingo às 19 horas. Com Eduardo Okamoto.

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Descontinuidades

Estreia dia 21 de outubro, às 20h30, na Casa Laboratório. De 26 a 28 de outubro, quarta a sexta-feira, das 16 às 17h30. De 10 a 26 de novembro, quinta-feira a sábado, das 20 às 21h30. Com Núcleo Vera Sala de Dança.

Portela, patrão; Mário, motorista

Estreia dia 28 de outubro no Espaço Elevador. De quinta-feira a sábado às 21 horas e domingo às 19 horas. Com a Boa Companhia.

O Belo Indiferente

Estreia dia 3 de novembro no SESC Consolação. Quinta e sexta-feira às 21 horas. Com Djin Sganzerla e direção de Helena Ignez.

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Dedicate

Estreia dia 4 de novembro no Viga Espaço Cênico. Sexta-feira e sábado às 21 horas e domingo às 19 horas.

Circuito de Teatro em Português

Estreia dia 7 de novembro em vários locais de SP e contará com apresentações de cinco companhias teatrais de países da África (Moçambique, Guiné-Bissau, São Tome e Príncipe, Angola e Cabo Verde), cinco de Portugal, uma da Ásia (Timor Leste), uma do Brasil e uma última companhia da Galícia, país de origem da língua portuguesa.

Nariz para Fora D’Água

Estreia dia 18 de novembro no SESC Pinheiros. Sexta-feira e sábado às 20 horas. Direção de Georgette Fadel.

Petróleo

Estreia dia 22 de novembro no Centro Cultural São Paulo. Terça e quinta-feira às 21 horas. Com Janaina Leite (Grupo XIX), Ligia Oliveira (Tablado de Arruar) e Marina Henrique (Cia Estalo).

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Eldorado

Estreia dia 1º de dezembro no Espaço Elevador. De quinta-feira a sábado às 21 horas e domingo às 19 horas. Com Eduardo Okamoto.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Os bastidores de uma ópera

Desde o começo de 2011 tive a oportunidade de fazer assessoria de imprensa para uma ópera. La Bohème, obra clássica de Puccini, chegaria aos palcos em março, na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O convite veio por meio do diretor cênico da ópera, Caetano Vilela com quem já trabalho desde 2009. Entre entrevistas, envio de releases, fotos, convites para jornalistas irem até Ribeirão e pautas, o dia da estreia, 16 de março, chegou e lá fui eu em direção ao interior do Estado.

As apresentações aconteceram no Teatro Pedro II, um dos teatros de ópera mais importantes do país, e contaram com regência do maestro Cláudo Cruz, que regeu Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e produção das competentes Maria Helena Spiritus e Mariangela Quartim. O tenor Fernando Portari – atualmente cumprindo agenda no mais tradicional teatro de Ópera do mundo, o La Scala, de Milão – e a soprano Rosana Lamosa interpretaram os papéis principais. Completavam o elenco os barítonos Sandro Christopher, Leonardo Neiva e Wladimyr Carvalho, a soprano Yuka de Almeida Prado e os baixos Sávio Sperândio e Claudinei de Oliveira.

Como não podia deixar de ser, a imprensa cobriu em peso a estreia com matérias em jornais, revistas nacionais e locais, rádios e emissoras de TV. Para coroar, um dia antes da estreia, o diretor Caetano Vilela faturou o Prêmio Shell de melhor iluminação pelo espetáculo Dueto para Um. Com certeza foi um bom sinal.

Maestro, Caetano e elenco - Foto Ibraim Leão

Fernando Portari (em pé), Rosana Lamosa, Caetano Vilela, Cláudio Cruz e Yuka de Almeida Prado na plateia do Teatro Pedro II

Duas emissoras de TV chegaram antes ao teatro para fazerem matérias sobre os bastidores. Uma verdadeira loucura, pois, além dos cantores e orquestra, havia ainda um coro adulto de 50 vozes e um coro infantil de 20 vozes. As TVs queriam pegar exatamente esse burburinho nos camarins: Maquiagem, aquecimento de voz, figurinos e os últimos detalhes do cenário.

Confesso que fiquei impressionado com o entra e sai e com o profissionalismo de todos os envolvidos. Às 21 horas em ponto o sinal começa a tocar e depois de 15 minutos começa o grande espetáculo.

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As produtoras Maria Helena Spiritus e Mariangela Quartim são entrevistadas

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O diretor Caetano Vilela em entrevista para a TV Globo

Um dos ponto altos da montagem foi o III ato, que resume todo o simbolismo de La Bohème. Além do show de Rosana Lamosa e Fernando Portari, o cenário nesse ato é grandioso, com 80 cadeiras espalhadas pelo palco criando caminhos e uma árvore de Pinheiro natural (pintada de vermelho) de aproximadamente 6 metros, que flutua no espaço ‘sombreando’ a tragédia que esta por vir.

La Bohème - Rosana Lamosa e Fernando Portari

Rosana Lamosa e Fernando Portari em cena no III ato de La Bohème

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Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto

Depois de mais de duas horas de apresentação, o espetáculo chega ao fim sendo aplaudido por mais de 10 minutos. Vale lembrar que as três récitas tiveram ingressos esgotados.

Após a apresentação toda a equipe se reuniu na famosa choperia Pinguim, que fica ao lado do teatro. Além da comemoração pelo sucesso, havia dois outros motivos especiais, o aniversário do maestro Cláudio Cruz e do tenor Fernando Portari. La Bohéme começou e terminou em grande estilo.

 

Aplauso final da ópera La Bohème

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Última semana de Dueto para Um

Primeira direção teatral da atriz Mika Lins, o espetáculo DUETO PARA UM, faz suas últimas apresentações em São Paulo. Em cartaz no TUCARENA, a montagem, narra a história de uma violinista impedida de exercer a sua vocação; condição imposta por uma doença degenerativa – esclerose múltipla – que a retira de cena, no auge da carreira.

Pela atuação no espetáculo, a atriz Bel Kowarick ganhou o Prêmio APCA 2010 de melhor atriz e está indicada ao Prêmio Shell de melhor atriz. Ela divide a cena com o ator Marcos Suchara. A iluminação da montagem, assinada por Caetano Vilela, também está indicada ao Prêmio Shell.

Imperdível!

 

Dueto para Um

DUETO PARA UM – Últimas apresentações – Dias 25, 26 e 27 de fevereiro, sexta-feira e sábado, às 21 horas e domingo, às 19h30, no TUCARENA. Texto – Tom Kempinski. Tradução – Ana Saggese. Direção – Mika Lins. Elenco – Bel Kowarick e Marcos Suchara. Cenografia – Cássio Brasil. Iluminação – Caetano Vilela. Trilha sonora – Marcelo Pellegrini. Duração – 90 minutos. Espetáculo recomendável para maiores de 14 anos. Ingressos – R$ 40,00 (sábados); R$ 30,00 (sextas-feiras e domingos) e R$ 10,00 (alunos e professores da PUC-SP). Ingressos pelo site www.ingressorapido.com.br.

TUCARENA – Rua Monte Alegre 1024 – Perdizes (entrada pela Rua Bartira) – Fone: (11) 4003-1212. Acesso para deficientes físicos. Bilheteria – De terça a domingo a partir das 15 horas. Capacidade – 200 lugares. Estacionamento conveniado – Riti Estacionamentos – Rua Monte Alegre 835 (R$ 10,00). www.teatrotuca.com.br.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Oscar 2011: O Discurso do Rei ou A Rede Social?

No próximo domingo, dia 27 de fevereiro, acontece a cerimônia de premiação do Oscar. Na disputa pelo prêmio principal estão 10 filmes, mas as atenções estão voltadas para dois concorrentes: O Discurso do Rei e A Rede Social. Pelas apostas, um deles ganhará a estatueta tão cobiçada. Vale lembrar que os dois longas também brigarão em outras categorias como Direção (David Fincher por A Rede Social e Tom Hooper por O Discurso do Rei), Ator (Jesse Eisenberg por A Rede Social e Colin Firth por O Discurso do Rei), Roteiro, Fotografia, Edição, Trilha Sonora Original e Mixagem de Som.

Pude assitir aos dois filmes e com a mais absoluta certeza digo que não há nada de tão especial assim nos dois longas. Acredito que os dois – baseados em histórias verídicas – carregam um pouco da atmosfera de uma “fábula”, já que em um, o rei que era gago consegue fazer um discurso e no outro o nerd bobão vira bilionário.

Mesmo sem ser tão especiais, os dois filmes são um bom divertimento. No caso de O Discurso do Rei, as atuações de Colin Firth (favorito ao Oscar de melhor ator, pois ano passado já deveria ter ganho pelo excelente Direito de Amar), Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter são excepcionais, assim como a direção de arte, que recria uma Londres próxima a Segunda Guerra Mundial.

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 Helena Bonham Carter, Colin Firth e Geoffrey Rush em cena de O Discurso do Rei

Já o barato de A Rede Social é poder conferir de perto a história do criador do Facebook, Mark Zuckerberg. O sucesso, as complicações e, porque não, as trambicagens do mais jovem bilionário da história mundial são peças para compreender o mundo atual e a importância, cada vez mais, da internet em nosso cotidiano. Outro destaque é a atuação convicente de Jesse Eisenberg.

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Jesse Eisenberg (segundo a direita) convence no papel do criador do Facebook

Quem leva para a casa a estatueta de melhor filme? O rei gago ou o nerd bilionário? Façam suas apostas! Os dois filmes continuam em cartaz em São Paulo. Até domingo dá tempo de assistir e torcer pelo preferido.

Sylvia Colombo, editora da Ilustrada da Folha de SP, escreveu um texto bacana sobre o assunto em que ela faz uma aposta. Confira aqui.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Oca cheia de água

Um dos lugares mais bacanas de São Paulo para abrigar exposições, a Oca, no Parque do Ibirapuera, já é uma atração pela sua arquitetura. Desde o ano passado o local abriga a exposição Água na Oca, uma viagem interativa, que mescla ciência, arte e tecnologia sobre essa substância fascinante que cobre 70% do nosso planeta.

Fui conferir de perto a exposição e indico o passeio para todo mundo. Dividida em quatro partes distintas, Água na Oca é divertida e ao mesmo tempo didática sem ser chata. O grande lance está na interatividade com a maioria das obras.

Logo que você chega, no piso térreo está a seção denominada Mundo d’Água, que explora a relação entre a água e a vida, sua distribuição no globo, assim como problemas e potenciais. Um dos destaques dessa área é o imenso áquario dividido com espécies de peixes, crustáceos e plantas aquáticas de várias partes do mundo. Um jogo, em fomato de balança, que mostra o que tem mais água na composição, agita os menores. Já para os maiores, um outro jogo multiplayer que desafia os participantes a diferenciar os peixes criados em aquicultura dos que são capturados na natureza, é diversão garantida.

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Jogo cujo objetivo é diferenciar os peixes criados em aquicultura dos que são capturados na natureza

Subindo um andar, temos a seção chamada de Infiltração, onde podemos experimentar a nossa vulnerabilidade dianta da água e o drama das enchentes. Aqui, os visitantes são conduzidos por uma instalação que simula uma casa durante uma tempestade e a ameaça da enchente. Nessa área também podemos conferir como pequenas mudanças de hábito podem economizar água.

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Entrada da instalação que simula uma casa durante uma tempestade

No segundo andar está localizada A Última Fronteira, um dos espaços mais bacanas da exposição. Nele, os visitantes deitam em colchões d’água e assitem a um vídeo projetado no teto da Oca, que mostra desde a superfície da água até o fundo dos oceanos e suas espécies. É uma viagem pra lá de legal e deitar no colchão d’água é tão bom que não dá vontade de levantar mais.

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O fundo dos oceanos é mostrado em vídeo projetado no teto da Oca

Descendo todos os andares até o subsolo, você encontra O Desaguar, uma área destinada às obras de arte que envolvem água, seja como elemento de inspiração ou como material escultórico. O destaque é para a obra Água, do trio de artistas Rejane Cantoni, Raquel Kogan e Leonardo Crescenti, em que um imenso tapete almofadado simula, com ajuda de refletores, um lago. O diferencial é que os vistantes podem caminhar na obra tendo uma sensação de andar sobre a água. É só tirar os sapatos e dar um mergulho.

Outra obra bacana é a da artista Sonia Guggisberg. Batizada de Buracos, é um deque de madeira com vários buracos com projeção de água. Impossível não ter uma ilusão de ótica e achar que dentro dos buracos há água de verdade. O mais legal é que de vez em quando aparecem pessoas nadando. Divertida!

As cinco esculturas do artista londrino William Pye, chamadas Water Sculptures também valem serem olhadas com atenção.

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Visão da obra Água

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Ilusão de ótica na obra Buracos

Uma dica para quem ficou com vontade de visitar a exposição é ir com tempo para poder ver tudo com calma. O passeio também é uma ótima opção para divertir os pequenos (estudantes pagam meia e menores de sete anos tem entrada gratuita). Não esqueça a máquina fotográfica, pois é permitido fotografar sem flash. E o melhor de tudo é que todo último domingo do mês a entrada é GRÁTIS. Então é só se programar, pois dia 27 de fevereiro, último domingo do mês ta chegando.

Serviço: Água na Oca. Pavilhão Lucas Nogueira Garcez – Oca. Av. Pedro Álvares Cabral s/nº, portão 3 – Parque do Ibirapuera. Informações 03007890002. Horários: Terças, quartas e sextas-feiras das 9 às 18 horas; quintas-feiras das 9 às 21 horas e sábados, domingos e feriados das 10 às 20 horas. Até 8 de maio. Classificação livre. Ingressos: R$ 20,00. www.aguanaoca.com.br

Fotos: Filipe Redondo/ Divulgação

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

As 6 horas e meia de O Idiota

Você é feliz? Pode-se dizer que essa simples pergunta é o ponto de partida do espetáculo O Idiota. A obra de Fiodor Dostoiévski, levada aos palcos pela diretora Cibele Forjaz, em seis horas e meia de duração, já é um clássico do teatro paulista. A montagem, em cartaz até 27 de fevereiro no SESC Pompéia, pode ser vista em capítulos, em dias diferentes ou de uma vez só.

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Optei pelo intensivão e numa quarta-feira lá estava eu às 19 horas no SESC Pompéia embarcando nessa agradável viagem. A peça, que aposta na interatividade e num tom mais emotivo, nos apresenta uma história cheia de humor, mistério e romance, ou seja, um verdadeiro folhetim. O Idiota fala sobre a viagem de Míchkin, um príncipe sem dinheiro que regressa à Rússia para procurar uma parente distante após uma temporada na Suíça para tratar de sua epilepsia. No trem que o leva a São Petersburgo, seu destino se cruza com o do impetuoso Ragôjan, um homem bruto recém-enriquecido, apaixonado pela sedutora Nastássia Filípovna, por quem o jovem príncipe também se apaixona, além de se envolver com a sonhadora Aglaia.

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Apesar das seis horas e meia de duração (com dois intervalos, um de meia hora e outro de 15 minutos), o passar do tempo quase não é sentido, pois a montagem exige que o público se desloque, quase constantemente pelo espaço (há vários cenários, fixos e móveis). Nesse vai e vem de cenários, o público mergulha na história e participa da atmosfera do espetáculo, como na primeira cena quando público e atores se misturam dentro de um trem ou quando entramos numa cozinha com direito a  vários cozinheiros preprando alimentos e na festa de aniversário de Nastássia quando o público recebe uma taça de espumante para brindar.

Apesar de toda essa interatividade o ponto alto da montagem é o texto genial de Dostoiévski, que aborda os jogos de poder, dinheiro, sexo e conveniências numa sociedade violenta e corrupta. A direção precisa de Cibele Forjaz é de uma força extraordinária e o elenco dá conta do recado, com ênfase no trio feminino – Lucia Romano, Luah Guimarãez e Sylvia Prado – que dão um show a parte e botam os homens no chinelo. O destaque fica para as cenas finais. A do trepa-trepa (isso mesmo, aquele brinquedo de parques infantis) que faz a vez de um hotel é sensacional.

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O espetáculo acabou quase às 2 da manhã e valeu a pena. Após esse turbilhão de emoções fui para casa tranquilo, confesso que cansado, mas como uma convicta certeza: Eu sou feliz!

O crédito das fotos é de Lenise Pinheiro

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Parque das Neblinas proporciona contato com a Mata Atlântica

Localizado no limite dos municípios de Mogi das Cruzes e Bertioga e vizinho ao Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque das Neblinas é uma reserva privada de 2.800 hectares. O parque, gerido pelo Instituto Ecofuturo, possui entrada gratuita, mas as atividades, como trilhas, canoagem, arvorismo e mountain bike são cobradas a parte.

Para aproveitar o passeio é preciso acordar cedo para apreciar a beleza do parque e ter espírito intrépido. O Parque das Neblinas é um laboratório de educação ambiental a céu aberto e todas as atividades destinadas aos visitantes têm foco ambiental.

O parque também oferece aos visitantes um delicioso café-da-manhã, além de almoço, que devem ser agendados. As receitas, preparadas em um espaço acolhedor, preservam a tradição da culinária regional e utilizam ingredientes locais, como os frutos da palmeira juçara e o cambuci. Outro destaque do cardápio é o Pastel Caipira.

Café da Manhã - fogão

Preservação da Natureza

A história do Parque das Neblinas começou na década de 60, quando a fábrica de papel Suzano comprou terras na área. Encontrou-as devastadas pelos carvoeiros. O objetivo da empresa era plantar eucaliptos para extrair a celulose, sua matéria-prima – o que continua fazendo em lotes próximos ao parque. Em 1988, reservou os arredores do Rio Itatinga para que a Mata Atlântica se recuperasse. Dezesseis anos depois, abriu o Parque das Neblinas. Em seus 28 quilômetros quadrados foram catalogadas 226 espécies de aves, 47 de anfíbios, 35 de mamíferos e 10 de peixes. No local também podem ser apreciadas cerca de 317 espécies de flora arbórea e 94 de orquídeas. Esse trabalho de contagem é feito em parceria com instituições de ensino superior, como a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de Mogi das Cruzes.

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As atividades realizadas no Parque das Neblinas contam com monitores com diferenciado conhecimeto da área. As visitas devem ser agendadas para proporcionar uma experiência inesquecível de interação com a natureza.

Caminhadas – trilhas com diferentes níveis de dificuldade. Algumas são percorridas em meia hora, outras levam o dia todo.

Ponte - crianças

Mountain Bike – Há circuitos com mais de 30 km e trechos sob medida para crianças e iniciantes. Segundo especialistas, o Parque das Neblinas oferece alguns dos melhores roteiros do esporte nas proximidades da capital paulista.

Canoagem – É possível fazer um passeio contemplativo ou viver a emoção de enfrentar corredeiras. Qualquer que seja a escolha, você estará remando o caiaque sobre o cristalino Rio Itatinga.

Canoagem

Programações Temáticas – Opções de atividades para aprofundar experiências na Mata Atlântica: observação de orquídeas, expedições científicas, vivências e oficinas de fotografia.

Oficinas de Meio-Ambiente para Estudantes e Professores – De forma lúdica, grupos de alunos e professores têm a oportunidade de aprender, discutir e exercitar o diálogo sobre a sutentabilidade do planeta.

Visitas

Para agendar uma visita ao Parque das Neblinas entre em contato pelo e-mail parquedasneblinas@ecofuturo.org.br ou pelos fones (11) 4724-0555/ 4724-0556.

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