Um dos lugares mais bacanas de São Paulo para abrigar exposições, a Oca, no Parque do Ibirapuera, já é uma atração pela sua arquitetura. Desde o ano passado o local abriga a exposição Água na Oca, uma viagem interativa, que mescla ciência, arte e tecnologia sobre essa substância fascinante que cobre 70% do nosso planeta.
Fui conferir de perto a exposição e indico o passeio para todo mundo. Dividida em quatro partes distintas, Água na Oca é divertida e ao mesmo tempo didática sem ser chata. O grande lance está na interatividade com a maioria das obras.
Logo que você chega, no piso térreo está a seção denominada Mundo d’Água, que explora a relação entre a água e a vida, sua distribuição no globo, assim como problemas e potenciais. Um dos destaques dessa área é o imenso áquario dividido com espécies de peixes, crustáceos e plantas aquáticas de várias partes do mundo. Um jogo, em fomato de balança, que mostra o que tem mais água na composição, agita os menores. Já para os maiores, um outro jogo multiplayer que desafia os participantes a diferenciar os peixes criados em aquicultura dos que são capturados na natureza, é diversão garantida.

Jogo cujo objetivo é diferenciar os peixes criados em aquicultura dos que são capturados na natureza
Subindo um andar, temos a seção chamada de Infiltração, onde podemos experimentar a nossa vulnerabilidade dianta da água e o drama das enchentes. Aqui, os visitantes são conduzidos por uma instalação que simula uma casa durante uma tempestade e a ameaça da enchente. Nessa área também podemos conferir como pequenas mudanças de hábito podem economizar água.

Entrada da instalação que simula uma casa durante uma tempestade
No segundo andar está localizada A Última Fronteira, um dos espaços mais bacanas da exposição. Nele, os visitantes deitam em colchões d’água e assitem a um vídeo projetado no teto da Oca, que mostra desde a superfície da água até o fundo dos oceanos e suas espécies. É uma viagem pra lá de legal e deitar no colchão d’água é tão bom que não dá vontade de levantar mais.
O fundo dos oceanos é mostrado em vídeo projetado no teto da Oca
Descendo todos os andares até o subsolo, você encontra O Desaguar, uma área destinada às obras de arte que envolvem água, seja como elemento de inspiração ou como material escultórico. O destaque é para a obra Água, do trio de artistas Rejane Cantoni, Raquel Kogan e Leonardo Crescenti, em que um imenso tapete almofadado simula, com ajuda de refletores, um lago. O diferencial é que os vistantes podem caminhar na obra tendo uma sensação de andar sobre a água. É só tirar os sapatos e dar um mergulho.
Outra obra bacana é a da artista Sonia Guggisberg. Batizada de Buracos, é um deque de madeira com vários buracos com projeção de água. Impossível não ter uma ilusão de ótica e achar que dentro dos buracos há água de verdade. O mais legal é que de vez em quando aparecem pessoas nadando. Divertida!
As cinco esculturas do artista londrino William Pye, chamadas Water Sculptures também valem serem olhadas com atenção.

Visão da obra Água

Ilusão de ótica na obra Buracos
Uma dica para quem ficou com vontade de visitar a exposição é ir com tempo para poder ver tudo com calma. O passeio também é uma ótima opção para divertir os pequenos (estudantes pagam meia e menores de sete anos tem entrada gratuita). Não esqueça a máquina fotográfica, pois é permitido fotografar sem flash. E o melhor de tudo é que todo último domingo do mês a entrada é GRÁTIS. Então é só se programar, pois dia 27 de fevereiro, último domingo do mês ta chegando.
Serviço: Água na Oca. Pavilhão Lucas Nogueira Garcez – Oca. Av. Pedro Álvares Cabral s/nº, portão 3 – Parque do Ibirapuera. Informações 03007890002. Horários: Terças, quartas e sextas-feiras das 9 às 18 horas; quintas-feiras das 9 às 21 horas e sábados, domingos e feriados das 10 às 20 horas. Até 8 de maio. Classificação livre. Ingressos: R$ 20,00. www.aguanaoca.com.br
Fotos: Filipe Redondo/ Divulgação