quinta-feira, 12 de abril de 2012

Show de luzes em Licht+Licht

Depois de estrear nacionalmente no Festival de Teatro de Curitiba, o espetáculo LICHT+LICHT, da Cia. de Ópera Seca, fez sua estreia em São Paulo. A montagem, com direção, dramaturgia e iluminação de Caetano Vilela, se apresentou ontem no Auditório do Ibirapuera e volta ao palco hoje, dia 12 de abril, quinta-feira, às 21 horas.

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Segunda direção de Caetano Vilela para a Cia. de Ópera Seca LICHT+LICHT traz no elenco os atores Fabiana Gugli, Germano Melo e Wagner Antônio e é uma homenagem a Goethe. O espetáculo parte das últimas palavras pronunciadas por Goethe antes de morrer: “Licht mehr Licht” (Luz, mais Luz). Em um delírio segundos antes, o autor alemão vê seus personagens (Fausto/Mephisto, Werther/Willelm Meister e Margarida/Charlotte) em relações bem diferentes das imaginadas por ele.

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A atuação do trio de atores chama atenção, mas é a ilumação de Caetano Vilela que reina como a protagonista do espetáculo, que possui um jogo cênico dinâmico, figurinos perfeitos e claro, muitas referências clássicas, principalmente a ópera, que Caetano conhece muito bem. Sabendo que Goethe passou anos obcecado pela obra Da Teoria das Cores, em que propunha uma nova teoria das cores, em oposição à teoria de Newton, LICHT+LICHT  abre uma cartela sortida de cores num cenário com poucos elementos.

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Responsável também pela dramaturgia do espetáculo, Caetano conta que se baseou no ‘romance de formação’ pouco lido no Brasil Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister para montar o texto, além de buscar inspiração nas óperas Werther, de Jules Massenet; Faust, de Charles Gounod e Cenas de Goethe – Faust, de Robert Schumann, todas baseadas nas obras de Goethe. O escritor alemão também produziu obras voltadas para as ciências naturais, principalmente botânica, que se faz presente no texto de Caetano e como um singelo objeto no palco.

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Agora, é torcermos para que o espetáculo entre em cartaz em São Paulo e possa viajar pelo Brasil espalhando muita luz por onde passar, principalmente na plateia, ofuscada, em muitos momentos, pela potência das luzes de Caetano Vilela.

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"Eu não vim aqui pra explicar, eu vim pra confundir" #chacrinhafeelings #licht+licht (extraído do twitter de Caetano Vilela). Precisa dizer algo mais? Só conferindo LICHT+LICHT . Corre que ainda dá tempo.

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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O que estamos fazendo de bom

Depois de muito tempo sem escrever por aqui, esse post vai atualizar, vocês leitores, quais os espetáculos que a Nossa Senhora da Pauta está divulgando. Vamos lá:

Espetáculos em cartaz

Breviário – Gota D’Água

Até 29 de novembro no Teatro Coletivo. Terça-feira às 20 horas. Com Georgette Fadel e elenco.

Os Amigos dos Amigos

Até 29 de outubro no SESC Pinheiros. Sexta-feira e sábado às 20 horas.

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Portar(ia) Silêncio

Até 27 de novembro no Centro Cultural São Paulo. Sábado às 21 horas e domingo às 20 horas.

Café com Queijo

Até 29 de novembro no SESC Pompeia. Terça-feira às 15h30 e 20h30. Com o Grupo Lume.

Rútilo Nada

Até 23 de outubro no Viga Espaço Cênico. Sexta-feira e sábado às 21 horas e domingo 19 horas. De 27 a 30 de outubro na Galeria Olido. Quinta-feira a sábado às 20 horas e domingo às 19 horas.

Mantenha Fora do Alcance de Crianças

Até 27 de outubro no Teatro João Caetano. Quarta e quinta-feira às 21 horas.

Deolindo e Genoveva

Até 30 de outubro no Teatro Ruth Escobar. Sexta-feira e sábado às 21 horas e domingo às 20 horas.

Deolindo e Genoveva --- Foto Edu de Paula

SESC Pompeia

Divulgamos toda a programação cultural e esportiva da unidade localizada na zona oeste de São Paulo.

Próximas estreias:

Agora e na Hora de Nossa Hora

Estreia dia 21 de outubro no SESC Pompeia. Sexta-feira e sábado às 21 horas e domingo às 19 horas. Com Eduardo Okamoto.

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Descontinuidades

Estreia dia 21 de outubro, às 20h30, na Casa Laboratório. De 26 a 28 de outubro, quarta a sexta-feira, das 16 às 17h30. De 10 a 26 de novembro, quinta-feira a sábado, das 20 às 21h30. Com Núcleo Vera Sala de Dança.

Portela, patrão; Mário, motorista

Estreia dia 28 de outubro no Espaço Elevador. De quinta-feira a sábado às 21 horas e domingo às 19 horas. Com a Boa Companhia.

O Belo Indiferente

Estreia dia 3 de novembro no SESC Consolação. Quinta e sexta-feira às 21 horas. Com Djin Sganzerla e direção de Helena Ignez.

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Dedicate

Estreia dia 4 de novembro no Viga Espaço Cênico. Sexta-feira e sábado às 21 horas e domingo às 19 horas.

Circuito de Teatro em Português

Estreia dia 7 de novembro em vários locais de SP e contará com apresentações de cinco companhias teatrais de países da África (Moçambique, Guiné-Bissau, São Tome e Príncipe, Angola e Cabo Verde), cinco de Portugal, uma da Ásia (Timor Leste), uma do Brasil e uma última companhia da Galícia, país de origem da língua portuguesa.

Nariz para Fora D’Água

Estreia dia 18 de novembro no SESC Pinheiros. Sexta-feira e sábado às 20 horas. Direção de Georgette Fadel.

Petróleo

Estreia dia 22 de novembro no Centro Cultural São Paulo. Terça e quinta-feira às 21 horas. Com Janaina Leite (Grupo XIX), Ligia Oliveira (Tablado de Arruar) e Marina Henrique (Cia Estalo).

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Eldorado

Estreia dia 1º de dezembro no Espaço Elevador. De quinta-feira a sábado às 21 horas e domingo às 19 horas. Com Eduardo Okamoto.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Os bastidores de uma ópera

Desde o começo de 2011 tive a oportunidade de fazer assessoria de imprensa para uma ópera. La Bohème, obra clássica de Puccini, chegaria aos palcos em março, na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O convite veio por meio do diretor cênico da ópera, Caetano Vilela com quem já trabalho desde 2009. Entre entrevistas, envio de releases, fotos, convites para jornalistas irem até Ribeirão e pautas, o dia da estreia, 16 de março, chegou e lá fui eu em direção ao interior do Estado.

As apresentações aconteceram no Teatro Pedro II, um dos teatros de ópera mais importantes do país, e contaram com regência do maestro Cláudo Cruz, que regeu Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e produção das competentes Maria Helena Spiritus e Mariangela Quartim. O tenor Fernando Portari – atualmente cumprindo agenda no mais tradicional teatro de Ópera do mundo, o La Scala, de Milão – e a soprano Rosana Lamosa interpretaram os papéis principais. Completavam o elenco os barítonos Sandro Christopher, Leonardo Neiva e Wladimyr Carvalho, a soprano Yuka de Almeida Prado e os baixos Sávio Sperândio e Claudinei de Oliveira.

Como não podia deixar de ser, a imprensa cobriu em peso a estreia com matérias em jornais, revistas nacionais e locais, rádios e emissoras de TV. Para coroar, um dia antes da estreia, o diretor Caetano Vilela faturou o Prêmio Shell de melhor iluminação pelo espetáculo Dueto para Um. Com certeza foi um bom sinal.

Maestro, Caetano e elenco - Foto Ibraim Leão

Fernando Portari (em pé), Rosana Lamosa, Caetano Vilela, Cláudio Cruz e Yuka de Almeida Prado na plateia do Teatro Pedro II

Duas emissoras de TV chegaram antes ao teatro para fazerem matérias sobre os bastidores. Uma verdadeira loucura, pois, além dos cantores e orquestra, havia ainda um coro adulto de 50 vozes e um coro infantil de 20 vozes. As TVs queriam pegar exatamente esse burburinho nos camarins: Maquiagem, aquecimento de voz, figurinos e os últimos detalhes do cenário.

Confesso que fiquei impressionado com o entra e sai e com o profissionalismo de todos os envolvidos. Às 21 horas em ponto o sinal começa a tocar e depois de 15 minutos começa o grande espetáculo.

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As produtoras Maria Helena Spiritus e Mariangela Quartim são entrevistadas

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O diretor Caetano Vilela em entrevista para a TV Globo

Um dos ponto altos da montagem foi o III ato, que resume todo o simbolismo de La Bohème. Além do show de Rosana Lamosa e Fernando Portari, o cenário nesse ato é grandioso, com 80 cadeiras espalhadas pelo palco criando caminhos e uma árvore de Pinheiro natural (pintada de vermelho) de aproximadamente 6 metros, que flutua no espaço ‘sombreando’ a tragédia que esta por vir.

La Bohème - Rosana Lamosa e Fernando Portari

Rosana Lamosa e Fernando Portari em cena no III ato de La Bohème

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Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto

Depois de mais de duas horas de apresentação, o espetáculo chega ao fim sendo aplaudido por mais de 10 minutos. Vale lembrar que as três récitas tiveram ingressos esgotados.

Após a apresentação toda a equipe se reuniu na famosa choperia Pinguim, que fica ao lado do teatro. Além da comemoração pelo sucesso, havia dois outros motivos especiais, o aniversário do maestro Cláudio Cruz e do tenor Fernando Portari. La Bohéme começou e terminou em grande estilo.

 

Aplauso final da ópera La Bohème

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Última semana de Dueto para Um

Primeira direção teatral da atriz Mika Lins, o espetáculo DUETO PARA UM, faz suas últimas apresentações em São Paulo. Em cartaz no TUCARENA, a montagem, narra a história de uma violinista impedida de exercer a sua vocação; condição imposta por uma doença degenerativa – esclerose múltipla – que a retira de cena, no auge da carreira.

Pela atuação no espetáculo, a atriz Bel Kowarick ganhou o Prêmio APCA 2010 de melhor atriz e está indicada ao Prêmio Shell de melhor atriz. Ela divide a cena com o ator Marcos Suchara. A iluminação da montagem, assinada por Caetano Vilela, também está indicada ao Prêmio Shell.

Imperdível!

 

Dueto para Um

DUETO PARA UM – Últimas apresentações – Dias 25, 26 e 27 de fevereiro, sexta-feira e sábado, às 21 horas e domingo, às 19h30, no TUCARENA. Texto – Tom Kempinski. Tradução – Ana Saggese. Direção – Mika Lins. Elenco – Bel Kowarick e Marcos Suchara. Cenografia – Cássio Brasil. Iluminação – Caetano Vilela. Trilha sonora – Marcelo Pellegrini. Duração – 90 minutos. Espetáculo recomendável para maiores de 14 anos. Ingressos – R$ 40,00 (sábados); R$ 30,00 (sextas-feiras e domingos) e R$ 10,00 (alunos e professores da PUC-SP). Ingressos pelo site www.ingressorapido.com.br.

TUCARENA – Rua Monte Alegre 1024 – Perdizes (entrada pela Rua Bartira) – Fone: (11) 4003-1212. Acesso para deficientes físicos. Bilheteria – De terça a domingo a partir das 15 horas. Capacidade – 200 lugares. Estacionamento conveniado – Riti Estacionamentos – Rua Monte Alegre 835 (R$ 10,00). www.teatrotuca.com.br.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Oscar 2011: O Discurso do Rei ou A Rede Social?

No próximo domingo, dia 27 de fevereiro, acontece a cerimônia de premiação do Oscar. Na disputa pelo prêmio principal estão 10 filmes, mas as atenções estão voltadas para dois concorrentes: O Discurso do Rei e A Rede Social. Pelas apostas, um deles ganhará a estatueta tão cobiçada. Vale lembrar que os dois longas também brigarão em outras categorias como Direção (David Fincher por A Rede Social e Tom Hooper por O Discurso do Rei), Ator (Jesse Eisenberg por A Rede Social e Colin Firth por O Discurso do Rei), Roteiro, Fotografia, Edição, Trilha Sonora Original e Mixagem de Som.

Pude assitir aos dois filmes e com a mais absoluta certeza digo que não há nada de tão especial assim nos dois longas. Acredito que os dois – baseados em histórias verídicas – carregam um pouco da atmosfera de uma “fábula”, já que em um, o rei que era gago consegue fazer um discurso e no outro o nerd bobão vira bilionário.

Mesmo sem ser tão especiais, os dois filmes são um bom divertimento. No caso de O Discurso do Rei, as atuações de Colin Firth (favorito ao Oscar de melhor ator, pois ano passado já deveria ter ganho pelo excelente Direito de Amar), Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter são excepcionais, assim como a direção de arte, que recria uma Londres próxima a Segunda Guerra Mundial.

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 Helena Bonham Carter, Colin Firth e Geoffrey Rush em cena de O Discurso do Rei

Já o barato de A Rede Social é poder conferir de perto a história do criador do Facebook, Mark Zuckerberg. O sucesso, as complicações e, porque não, as trambicagens do mais jovem bilionário da história mundial são peças para compreender o mundo atual e a importância, cada vez mais, da internet em nosso cotidiano. Outro destaque é a atuação convicente de Jesse Eisenberg.

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Jesse Eisenberg (segundo a direita) convence no papel do criador do Facebook

Quem leva para a casa a estatueta de melhor filme? O rei gago ou o nerd bilionário? Façam suas apostas! Os dois filmes continuam em cartaz em São Paulo. Até domingo dá tempo de assistir e torcer pelo preferido.

Sylvia Colombo, editora da Ilustrada da Folha de SP, escreveu um texto bacana sobre o assunto em que ela faz uma aposta. Confira aqui.